Redes sociais e concentração
O desafio da atenção fragmentada
Por: Assessoria de Imprensa – UNINASSAU
Psicólogo explica sobre o impacto negativo do uso constante de smartphones e da navegação por feeds de aplicativos na qualidade do sono e na saúde mental
O crescente uso das redes sociais tem levantado questões sobre seu impacto na saúde mental e na capacidade de concentração. Em um mundo onde a informação é constantemente acessível e as distrações são abundantes, é cada vez mais comum encontrar indivíduos lutando para manter o foco em uma única tarefa por períodos prolongados.
Para o psicólogo e professor do curso de Psicologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Cleyson Monteiro, o uso frequente de smartphones e a prática de navegar pelos feeds de redes sociais podem ter um impacto negativo no sono e na saúde mental, além de causar agitação e ansiedade devido à exposição constante a estímulos digitais que promovem mudanças rápidas de atenção, resultando em dificuldades para realizar atividades que exigem concentração profunda.
“A mente conectada, porém, fragmentada, é uma realidade cada vez mais presente em nossa sociedade. A utilização dos aplicativos tem contribuído para a dispersão da atenção, tornando mais difícil para as pessoas se concentrarem em uma única tarefa durante muito tempo”, disse Cleyson.
Existem diferentes tipos de atenção fragmentada que podem resultar do uso intenso das redes sociais. O primeiro é a atenção dividida, na qual as pessoas tentam realizar múltiplas atividades simultaneamente, prejudicando sua capacidade de desempenho em cada uma delas. O segundo é a atenção seletiva reduzida, onde indivíduos têm dificuldade em focar em uma única tarefa diante de distrações constantes das notificações e conteúdos das redes sociais.
A sobrecarga de informações no cérebro causada pela fragmentação da atenção, pode levar ao desgaste mental do profissional multitarefas. Isso acontece porque a fadiga interfere na liberação de dopamina e aumenta os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no organismo. “O resultado é a sensação de cansaço mental, esgotamento e insatisfação. Para minimizar esse desânimo, o usuário recorre às redes sociais para a liberação de mais dopamina, criando-se assim um ciclo vicioso no qual o cérebro busca compensações infinitas por meio de pequenas doses do hormônio do bem-estar”, explica o psicólogo.
“É fundamental estabelecer limites de tempo para o uso das redes sociais e dedicar períodos específicos do dia para atividades que contribuam para a saúde mental. Tais como mindfulness (atenção plena é a prática de se concentrar completamente no presente), meditação, atividade física, participação em grupos operativos, entre outros. Essas práticas fazem uma diferença significativa na manutenção do equilíbrio emocional, que podem ajudar a fortalecer a capacidade de concentração e reduzir a impulsividade diante das distrações digitais”, ressalta Cleyson Monteiro.
Compreender o impacto das redes sociais na concentração é fundamental para desenvolver estratégias eficazes que permitam às pessoas utilizar essas plataformas de forma consciente e equilibrada. Assim garantindo assim um maior bem-estar psicológico e uma melhor qualidade de vida.
Imagem Cedida: Assessoria de Imprensa – UNINASSAU