Neurodiversidade: A importância do diagnóstico de TDAH e Autismo em adultos
Por: Maria Cecilia Palácio Soares
Tuani P.C. Sorroche, psicanalista, percebeu a necessidade de aprofundar seus estudos em neurodiversidade após observar que muitos de seus pacientes apresentavam sintomas semelhantes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) e ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Motivada por essa constatação, Tuani buscou especializar-se em neurodiversidade, compreendendo que os cérebros, dessas pessoas, funcionam de maneira única, com algumas áreas menos desenvolvidas e outras superdesenvolvidas.
Com formação em Psicopedagogia, Tuani escreveu o livro infantil “Construa este Diário”, incentivando crianças, amigos e familiares a criarem aventuras juntos. Sua paixão pelo conhecimento a levou a estudar Neurociências, onde se especializou na avaliação de TDAH e Autismo em adultos. Ela destaca a importância de estudar esses mecanismos, descrevendo-os como “fantásticos e motivadores”.
Tuani afirma que o TDAH e o Autismo são frequentemente discutidos em relação às crianças, mas lembra que este é um assunto relativamente novo e que ainda há muito a aprender e discutir. Ela ressalta que se esses transtornos não forem identificados e tratados na infância, podem trazer sérios prejuízos na vida adulta.
Os adultos com TDAH não tratado podem enfrentar desafios como falta de regulação emocional, atrasos frequentes, dificuldades sociais, desentendimentos, compulsões (como consumo de álcool e substâncias ilícitas), ansiedade e desatenção. Já os adultos com Autismo podem experimentar dificuldades sociais, isolamento, solidão, depressão, ansiedade, rigidez no pensamento e na comunicação, entre outros problemas, sentindo-se frequentemente inadequados.
É crucial que todos – crianças, adolescentes e adultos – recebam a atenção necessária. A maioria dos adultos com Autismo e TDAH desconhece seus diagnósticos, sentindo apenas um vazio, culpa e um sentimento de “não pertencimento”. A avaliação é o primeiro passo para o alívio e compreensão desses sentimentos. Através de escalas e testes padronizados, é possível ouvir, acolher e avaliar essas pessoas. Aqueles que passaram pelo processo relataram um imenso alívio ao entender que seus comportamentos eram sintomas dos transtornos e não culpa deles.
Se você se identifica com esses sintomas, entre em contato para ser ouvido(a) com acolhimento e profissionalismo.
Instagram: @alinha.mente – WhatsApp: 18 99159-2512
Foto Cedida