Como a alimentação natural pode ajudar no quadro de depressão e ansiedade de seu pet
Assim como os humanos, os pets têm ansiedade e depressão. Entre os sinais, estão comportamentos compulsivos ou diferentes, como latir excessivamente, lamber as patas, destruir objetos, fazer xixi e cocô fora do lugar, e ter medo de barulhos. Perda de apetite ou de peso, isolamento, prostração, recusa em brincar, olhar triste e perdido, lambedura excessiva, automutilação, e agressividade repentina, também são sintomas.
Gabriela Corte Real, nutricionista veterinária de A Quinta Pet, foodtech de alimentação natural para pets, explica como a incorporação de ingredientes naturais pode amenizar o quadro. Segundo ela, uma alimentação rica em nutrientes essenciais, não industrializados, pode desempenhar um papel crucial no comportamento desses animais de estimação, ajudando a promover o bem-estar emocional e mental.
A especialista alerta também para a importância de se garantir uma dieta equilibrada, que atenda às necessidades nutricionais do pet. Além disso, recomenda observar as mudanças de comportamento do animal após a introdução dos novos ingredientes, uma vez que as mudanças podem exigir ajustes na dieta ou uma avaliação mais profunda da saúde mental do pet.
“Importante salientar que, antes de tudo, é essencial consultar um veterinário ou zootecnista especializado em comportamento animal e distúrbios de comportamento ou depressão. A dieta será uma aliada, e deverá ser prescrita por um profissional veterinário ou zootecnista”, acrescenta.
Alguns dos principais ingredientes e nutrientes que podem ser benéficos para a saúde mental dos pets, segundo a especialista:
- Ácidos graxos ômega-3: encontrados em óleos de peixe, de linhaça e de algas. Possui propriedades anti-inflamatórias e ajudam a reduzir a ansiedade, melhorar o humor e a função cerebral.
- Taurina: presente em carnes, peixes e ovos. É fundamental para a saúde neurológica, ajudando a regular o humor e o comportamento. Sua deficiência está associada a problemas de comportamento, em gatos.
- Triptofano: encontrado em alimentos como carne de peru, frango, peixes, ovos, leite e laticínios. É um precursor da serotonina, um neurotransmissor que regula o humor. Aumentar sua ingestão pode ajudar a reduzir a ansiedade.
- Vitaminas do complexo B: encontradas em carnes magras, fígado, grãos integrais e vegetais de folhas verdes. São essenciais [especialmente a B6 (piridoxina) e a B12 (cobalamina)], para a saúde do sistema nervoso, colaborando na redução da ansiedade e da depressão.
- Proteínas de alta qualidade: provenientes de carnes, ovos e laticínios. Fornecem os aminoácidos necessários para a produção de neurotransmissores essenciais para o comportamento.
- Fibras: encontradas em alimentos como abóbora, batata-doce, legumes e cereais integrais. Contribuem para a saúde intestinal. A relação entre a microbiota intestinal e a saúde mental, conhecida como “eixo intestino-cérebro”, tem sido objeto de estudo e pode ter implicações nos comportamentos dos pets.
- Antioxidantes: presentes em frutas como mirtilo, framboesas e vegetais como cenoura e espinafre. Combatem o estresse oxidativo no cérebro, o que pode contribuir para problemas de comportamento e depressão.
- Ervas e plantas calmantes como camomila, lavanda e valeriana oferecem propriedades capazes de promover um estado de relaxamento. Podem ser usadas em forma de infusões ou extratos, mas sempre com a orientação de um veterinário.
- Suplementos naturais como 5-HTP (5-hidroxitriptofano), L-teanina e extrato de erva de São João (Hypericum perforatum) têm sido usados para promover relaxamento e ajudar a reduzir a ansiedade em humanos e podem ter efeitos semelhantes em animais. Contudo, é essencial consultar um veterinário antes de introduzi-los na dieta do animal.
A especialista orienta como iniciar a incorporação dos ingredientes. “Caso a opção seja tratar o distúrbio de comportamento apenas, e não fazer a transição completa da dieta industrializada para a natural, o ideal é informar o veterinário ou o zootecnista especializado para que possa ser formulada uma dieta específica para a situação, considerando os ingredientes acima. Caso o intuito seja fazer a transição completa, recomendamos fazer de forma gradativa, substituindo uma pequena parte da ração comercial pela alimentação natural (10-20% da refeição) e ir aumentando essa proporção ao longo de 7 a 14 dias. Isso evita desconfortos gastrointestinais, permitindo que o sistema digestivo do pet se ajuste à nova dieta”, explica. Gabriela participa da iniciativa ‘Maria’, da ‘A Quinta Pet’, uma assistente virtual gratuita criada para orientar tutores na inserção de ingredientes naturais na dieta de cães.
Sobre A Quinta Pet – foodtech de alimentação natural para pets. Desenvolve dietas, tais como ‘Risoto suíno com abóbora’, “Menu das Estações’ e ‘Picadinho de frango com cúrcuma’, além de opções para cães com necessidades especiais, a exemplo daqueles com restrições alimentares ou portadores de doenças. Oferece gratuitamente aos tutores, independentemente de serem consumidores da marca, uma assistente virtual para auxiliar no incremento gradativo desses ingredientes na alimentação, sobretudo para colaborar na resolução de problemas de saúde por déficit nutricional. Informações em: A Quinta e *@meajuda_maria (assistente virtual) |
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