Para que serve o teste do pezinho?
Dia nacional de conscientização alerta para a importância do exame na detecção precoce de doenças
O Teste do Pezinho é um procedimento simples, mas com um impacto significativo na saúde infantil. É realizado a partir da coleta de gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido, permitindo a detecção precoce de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas.
No Brasil, o exame faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) do Sistema Único de Saúde (SUS), com acesso garantido a todos os recém-nascidos. Em 2001, a Lei nº 10.454 oficializou 6 de junho como o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data criada para promover a divulgação sobre a importância do teste e incentivar os pais a realizarem o exame em seus filhos.
“Ao contrário do que muitos acreditam a coleta não acontece imediatamente após o nascimento. Ela deve ser realizada preferencialmente entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê e o foco é a identificação de doenças metabólicas hereditárias e genéticas”, explica Maria de Lourdes de Melo e Silva, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul.
No Brasil, o teste básico oferecido pelo SUS detecta as seguintes doenças: fenilcetonúria (desordem genética que causa a deficiência na metabolização do aminoácido fenilalanina); hipotireoidismo congênito (condição onde a glândula tireoide não produz hormônios suficientes); fibrose cística (doença genética que afeta os pulmões e o sistema digestivo); anemia falciforme (doença hereditária que causa deformação nas células vermelhas do sangue); hiperplasia adrenal congênita (grupo de doenças que afetam as glândulas adrenais); e deficiência de biotinidase (problema no metabolismo da biotina, uma vitamina do complexo B).
Há ainda a opção do teste ampliado, para detectar outras condições como Toxoplasmose Congênita, Galactosemia, Deficiência de G6PD, entre outras.
“O diagnóstico precoce dessas doenças possibilita intervenção médica em tempo adequado para prevenir complicações graves e garantir, em muitos casos, qualidade de vida e um desenvolvimento saudável para a criança, por isso a realização do teste do pezinho é tão importante”, destaca a especialista do São Luiz São Caetano do Sul.
Ao longo de sua trajetória, o hospital da Rede D’Or, e primeiro da bandeira São Luiz fora da capital paulista, preza pela qualidade técnica e assistencial, com cuidado humanizado e centrado no paciente. No ano passado, conquistou a Joint Commission International (JCI), uma das principais certificações internacionais de qualidade. A unidade oferece uma linha de cuidado completa para o recém-nascido, com leitos de UTI neonatal e equipe multiprofissional.
Curiosidades e dúvidas frequentes
1. Por que o exame é chamado de “Teste do Pezinho”?
O nome popular do exame vem da forma como é realizada a coleta de sangue, retirada do calcanhar do bebê, que é uma área rica em vasos sanguíneos e proporciona coleta suficiente de sangue com menor desconforto.
2. O exame dói?
A picada no calcanhar pode causar um leve desconforto ao bebê, mas é rápida e essencial para a saúde da criança.
3. E se o resultado for positivo?
Se o teste indicar a presença de alguma das condições, os pais são imediatamente chamados para realizar testes confirmatórios e iniciar o tratamento o quanto antes, minimizando os riscos e complicações para a criança.
4. O que acontece se o teste não for realizado?
A ausência do exame impede a detecção precoce de doenças graves, que, se não tratadas a tempo, podem levar a consequências severas e irreversíveis para a saúde do bebê.
5. O exame do pezinho é obrigatório?
O teste é obrigatório para todos os recém-nascidos. Este exame faz parte do Programa de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde. Todos os estados do país estão credenciados para realizá-lo.
6. Como escolher o melhor teste para o meu bebê?
Além do teste padrão disponível no SUS, na rede privada há a opção do teste ampliado, que compreende a detecção de um número maior de doenças. Essa decisão deve ser tomada pelos pais em conjunto com o pediatra, considerando fatores como suspeita de síndromes metabólicas já ao nascimento ou histórico familiar de síndromes metabólicas hereditárias.
Fonte: VFR Comunicação/ Imagem Cedida