Internet 5G, veículos elétricos e baterias de armazenamento podem dobrar volume de energia solar no próximo ano no Brasil
Segundo análise da fintech Meu Financiamento Solar, novas soluções de banda larga, inteligência artificial e mobilidade vão demandar maior oferta de energia limpa e barata, como a fotovoltaica nos telhados das edificações.
Por: Thiago Nassa (Mtb. 30.914) – Assessoria de Imprensa – Meu Financiamento Solar
A abertura de mercado da quinta geração de internet móvel (5G), o crescimento acelerado das vendas de veículos elétricos e a maior facilidade para aquisição de baterias de armazenamento energético devem fazer os telhados com a energia solar darem um salto no Brasil no próximo ano, com a perspectivas de dobrar o número de sistemas fotovoltaicos instalados em coberturas de residências e empresas no território nacional.
A avaliação é de Carolina Reis, diretora da fintech Meu Financiamento Solar, especializada em financiamento para projetos de painéis fotovoltaicos no Brasil. Para a executiva, as novas tecnologias de mobilidade elétrica e de banda larga vão exigir uma expansão significativa de geração de eletricidade limpa e barata, como os sistemas solares, justamente para atender o aumento expressivo do consumo de energia desses novos mercados.
“No caso do setor de telecomunicações, a energia solar combinada com sistemas de armazenamento ajudará a ampliar o acesso à internet para locais remotos e sem cobertura, conferindo maior segurança ao fornecimento elétrico das antenas. Numa espécie de sinergia, o 5G também pode melhorar a capacidade de gerenciamento dos sistemas fotovoltaicos a partir de tecnologias de inteligência artificial e internet das coisas (IoT)”, analisa.
Segundo projeções de mercado, as operadoras de telecomunicações devem investir bilhões de reais para ampliar a infraestrutura de cobertura, uma vez que a rede 5G demandará 10 vezes mais antenas do que a rede 4G. Assim, a energia solar será essencial para democratizar o acesso à internet móvel no País.
Outro setor em plena ascensão é o de armazenamento de energia com baterias, considerado essencial para o futuro do setor elétrico mundial e a descarbonização das economias. Segundo dados da BloombergNEF, 2022 foi mais um ano recorde para o armazenamento de energia elétrica no mundo, com a adição de 16 gigawatts (GW) de novos projetos, com capacidade de 35 GWh, foram implementados ao redor do planeta. Isto representa um aumento de quase 70% em relação a 2021.
Para os próximos anos, as perspectivas permanecem muito positivas: a BloombergNEF projeta que 1.400 GWh de novos projetos serão implementados até 2030, incluindo o Brasil. Ou seja, 40 vezes o que foi instalado no ano de 2022. Os estudos da entidade também indicam que a capacidade de armazenamento de energia mais do que dobrou de 2020 para 2021 e que o preço das baterias de lítio caiu quase 90% na última década. Essa redução exponencial de preços é puxada pelo desenvolvimento da indústria da mobilidade elétrica, grande demandante de baterias.
“Portanto, a energia solar é atualmente a alternativa mais sustentável e mais atrativa para consumidores residenciais e empresariais se conectarem com as novas tecnologias do mundo digital e eletrificado”, conclui Carolina Reis.