Modelos Mentais: a Liberdade de moldar a percepção e o pensamento
Por: Danielle Vieira – N.A. Comunicação e Marketing
Em um mundo complexo e em constante evolução, onde todos são bombardeados por informações e perspectivas divergentes, é fundamental reconhecer a capacidade de cada um escolher o próprio modelo mental. Essa decisão consciente permite que sejam moldados a percepção e pensamento de acordo com nossos valores, crenças e objetivos pessoais.
O modelo mental pode ser definido como um conjunto de crenças, suposições e formas de pensar que influenciam como cada um interpreta o mundo ao seu redor. É uma estrutura subjacente que molda as atitudes, comportamentos e tomadas de decisão. Reconhecer que todos têm a liberdade de escolher e alterar o próprio modelo mental capacita cada um a tomar medidas para melhorar o bem-estar e alcançar resultados positivos.
João Luiz Simões Neves diz em seu livro Pensando Claramente: Uma Visão da Bondade que “Somos nós que atribuímos valor às coisas. A qualidade de nossos julgamentos é essencial e muitos problemas e conflitos poderiam ser evitados com um pequeno avanço na qualidade dos juízos que fazemos. Se aprendermos a lidar com o juízo subjetivo ou apenas a descrição do fato, ponderando quando devemos priorizar um ou outro aspecto, poderemos evitar muitas situações de conflito e perdas de tempo e de energia”, comenta.
Ao selecionar conscientemente o modelo mental, é possível desafiar suposições limitantes e construir um quadro mental mais amplo e flexível. Isso permite que a pessoa veja oportunidades onde antes enxergava obstáculos, abraçar a mudança em vez de temê-la e explorar novas perspectivas que ampliam os horizontes.
João Luiz ainda completa, “A variável de ajuste não é o fato, mas sim o observador que somos. Como afirmamos no início, somos os entes ativos da interpretação e da atribuição de juízo de valor ao fato. Em situações de feedback para nossos colaboradores, por exemplo, é altamente recomendado na literatura técnica, quando se trata de liderança, que nos apoiemos em fatos, e não em opiniões subjetivas pessoais”.
Além disso, a capacidade de escolher o modelo mental tem implicações significativas nas interações sociais e na construção de relacionamentos saudáveis na vida particular e no trabalho. Ao adotar um modelo mental empático e aberto, a pessoa é capaz de compreender e valorizar diferentes perspectivas, promovendo a comunicação efetiva e a colaboração construtiva.
Depende de cada um construir a nobreza das interpretações diante dos acontecimentos do dia a dia, que são influenciados por pessoas de todos os níveis de maturidade. Quando as pessoas assumem altos níveis hierárquicos nas organizações, essa “nobreza” e a interpretação pura dos acontecimentos se tornam muito mais importantes, pois elas passam, além de ser vitrines, a exercer com maior frequência a própria capacidade de julgamento.
O que cada um almeja, é obter resultados que as aproximam dos objetivos esperados. Para isso, é necessário focar nas ações e também nas próprias decisões para empreender determinadas ações. É preciso cuidar da maturidade das emoções, decorrente da leitura do mundo e das crenças. Portanto, é essencial lembrar que escolher o modelo mental é uma opção de cada um. Ao abraçar essa liberdade de escolha, é possível moldar a percepção, pensamento e comportamento de maneira que capacite o indivíduo a alcançar seu pleno potencial.
Sobre o Livro
Em “Pensando Claramente – Uma visão da bondade”, o autor mostra que todos são constantemente bombardeados por informações que impactam seus pensamentos e forma de interpretar os fatos. Surge, então, a pergunta: existe critério que permita a todos a qualificar e normatizar qual das possíveis leituras da realidade é a mais correta? Seria possível afastar a todos das dissonâncias existentes nas relações humanas e seguir em direção a uma convergência de pensamento e de ação?
Neste livro, João Luiz Simões Neves mostra que sim. Embora todos estejam sujeitos a muitas influências e podem escolher como reagir e como se comportar frente às mais diversas situações. Para fazer a escolha mais sábia, é preciso direcionar todas as decisões e cuidar da maturidade de nossas emoções.
O autor explora a importância de qualificar nossos pensamentos a fim de alcançar nossos sonhos e objetivos, apresentando exemplos práticos e ferramentas que facilitarão o aprimoramento de sua capacidade de pensar de forma clara e crítica.
Sobre o autor
João Luiz Simões Neves é economista formado pela Unicamp, com MBA pela Business School São Paulo e Programa Executivo pela Universidade de Toronto, possui especializações em análise de sistema e marketing. Foi diretor de empresas nacionais e multinacionais, com experiência profissional no México e na África do Sul. É analista comportamental especializado nas metodologias Disc e Motivadores da Success Insights. Foi ainda vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade.
Realizou projetos voltados à gestão e liderança em inúmeras empresas de pequeno e grande porte e possui extensa experiência na implementação de estruturas de governança em diversos tipos de organização, incluindo empresas de controle familiar. Atualmente, é diretor de uma consultoria especializada em gestão e liderança, além de palestrante e escritor da área de gestão e liderança.